Foi assim, depois de
muito conversarmos e acertarmo-nos, que voltamos cada um pra seu canto: eu pra
minha casa e eles para o hotel.
Estava no fim do ano
e então cheguei, em uma de nossas saídas juntos, a comentar sobre a loucura que
é festejar o Réveillon com meus pais. E de como cada vez mais me via diferente
no meio a tanto luxo. E de como era triste comemorara sozinho em meio à
multidão.
O sol já não
brilhava como de tarde, em seu lugar uma grande e brilhante lua. Agora era sua
vez de me iluminar. Ainda era 31 de dezembro, mas logo seria dia 1º. Era noite, era festa, era ANO NOVO. E eu
continuava te buscando em meu silencio, o silencio no barulho da festa, o
silencio que ninguém escutou! O silencio do meu amor. O cara que eu esperava?
Não tinha face e nem nome... Apenas um herói.
Escuto os fogos,
olho pra cama e lá está meu smoking, minha mãe me liga no celular perguntando
onde estou; afinal havia milhares de pessoas na casa, como ela me acharia não
é? Digo-a que já vou descer. De minha sacada contemplo o show pirotécnico.
Decido
me aprontar, e descer... Esta era a única forma de rebeldia discreta que ainda eu
conseguia fazer para com meus pais: chegar atrasado à festa. Mas confesso que
gostaria de ser surpreendido e surpreender também.
Desço as escadas do
jardim, vejo minha mãe se virar e dizer aos senhores aprumados e as senhoras de
brilhantes que aquele que se aproximava era seu filho. Uma delas exclamou:
“Nossa como ele é lindo, a quem será que puxou?”. E meus pais sorrindo ficam
competindo a quem minha beleza pertencia geneticamente. Eu apenas sorria
amarelamente.
Não me lembro de
muita coisa, lembro-me apenas de estar triste e longe dali. Eu não apreciava
tal data. Será possível se sentir só num local com tanta gente? Sim, era
possível e era assim que me sentia.
Apesar de ter varias
mesas, duas se destacavam por serem centrais, longas e cumpridas; e ambas se
juntava (união) ao meio uma da outra, formando assim uma forma de “T” as duas
mesas. Eu me sentei bem ao meio da mesa do qual a outra vinha de encontro. De
modo que eu poderia dizer que de certa forma estava ao centro de uma mesa e na
cabeceira da outra.
A festa adentrava a
noite e todos brindavam o ano que nascia. Tudo estava bem, Clarisse estava bem,
enfim. Mas me faltava algo. Sim, não convidei os meninos à festa, e eles sabiam
do por que. Somente minha mãe tinha o poder de tirar ou acrescentar nome à
lista de pessoas importantes a estarem ali no evento. E ela quando os viu, após
o acidente, até os tratou bem, mas deixou claro que não os queriam na casa. Não
sei o porquê também. Talvez porque não sejam tão ricos.
E foi quando todos
levantaram as taças pela terceira vez na noite, pra brindar um pedido de
casamento de um de nossos amigos convidados, que meu desejo de ano novo se
realizou.
Não se deve duvidar
da magia de tal noite, porem todo pedido deve ser bem pensado, pois com ele vêm
as responsabilidades das consequências... Mas eu nem ligava só queria meu
salvador. Aliás, meus salvadores.
Eram eles, os
meninos, meus melhores amigos, invadiram a festa, entraram tão de repente,
fazendo zona. Riam e pegavam as taças de champanhe da bandeja dos garçons que
os faziam careta feia. O carro mal estacionou próximo as nossas mesas e eles
saltaram todos de smoking (lindos) sorrindo e festejando. Os seguranças da
festa tentaram rende-los, mas Cadu ligeiramente subiu sobre a mesa da qual eu
parecia estar na cabeceira, e caminhou sorrindo e dançando ao som da banda
alegre ao fundo. Ele vinha em minha direção sorrindo e pedindo desculpa pelas
taças derrubadas pelos seus pés desastrados, e num dado momento sapateando
sobre a mesa colocou uma rosa vermelha na boca e veio como um palhaço
desengonçado a mim.
Eu me mantive serio,
surpreso e sereno. Estava atento ao que acontecia e sem reação. Mas podia ouvir
as pessoas reclamarem e a gritarem nas mesas.
Minha mãe dizia ao meu pai: faça
alguma coisa, eles estão estragando minha festa... Mas quem são estes delinquentes?
Então ele parou na
minha frente sorrindo, todos silenciaram e nos olharam; ele baixou um de seus
joelhos sobre a mesa, como quem corteja alguém, retirou a rosa vermelha de sua
boca e entregou a minha mãe que pegou com medo e cara de quem pede socorro, e
me olhou novamente. Dessa vez ele me estendia à mão direita e perguntava:
Confia em mim?
Eu então sorri para
ele, olhei para minha mãe que ocultamente me dizia: “o que você vai fazer? Eu
te deserdo”. Então segurei a mão dele e respondi que “sim”. Ele me puxou pra
cima da mesa (ouvi suspiros críticos dos convidados, buchichos e cochichos) e
me disse: “Então vem comigo”. E saímos correndo por cima da mesa: ele na frente
me puxando e eu atrás sorrindo.
Eu sei foi um
escândalo. Acho que minha mãe desmaiou após minha fuga.
Os seguranças
soltaram os demais meninos sob minha ordem, e fugimos nós todos para a praia. E
por lá ficamos a noite toda. Foi um sonho, foi maravilhoso.
Pela manhã quando a
festa havia acabado, retornamos para meu lar, onde todos dormiam bêbados de
sono e bebidas. Agora só estava Cadu e eu. Eu sabia que iria levar a maior
bronca. Resolvi me despedir dele na cozinha menor, onde ninguém estava, e da
qual a saída dele seria mais fácil e discreta.
Ele então me pôs
contra um armário da cozinha, me segurou pela cintura, se aproximou bem perto
de mim, olhou nos meus olhos e me disse baixinho: “Foi a melhor noite... não,
minto... Foi a melhor virada de ano que tive até hoje sabe por quê? Porque
passei ao teu lado”. E continuou dizendo sorrindo: “E não importa quantas penas
tenho que pagar por causa do que fiz; fiz e faria mil vezes de novo, se o
premio fosse você!”.
E antes mesmo que eu
pudesse pensar em alguma palavra, ele me beijou.
Foi incrível, eu
também faria tudo de novo, aceitaria toda a pena por estragar a festa de meus
pais, só para repetir aquele doce, quente e delicioso beijo novamente.
O problema foi que
quando acabamos de nos beijar, minha mãe estava parada na porta da cozinha nos
olhando como quem diz: “Eu não acredito no que estou vendo”.
Ela havia nos
pegado no flagra!
(CONTINUA...)
Som Tema do Post:
It's My Life
(Bom Jovi)
Esta não
é uma canção para um coração partido
Não é uma
oração para quem perdeu a fé
Eu não
serei só um rosto na multidão
Você vai
ouvir minha voz
Quando eu
gritar bem alto
É a minha
vida
É agora
ou nunca
Eu não
vou viver para sempre
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
(É a
minha vida)
Meu
coração é como uma rodovia aberta
Como
Frankie disse
Eu fiz do
meu jeito
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha
vida
Isto é
para aqueles que fizeram seu caminho
Para
Tommy e Gina que nunca desistiram
Amanhã
está ficando difícil não cometer nenhum erro
A sorte
ainda não é sortuda
Tem de
fazer suas próprias regras
É a minha
vida
É agora
ou nunca
Eu não
vou viver para sempre
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
(É a
minha vida)
Meu
coração é como uma rodovia aberta
Como
Frankie disse
Eu fiz do
meu jeito
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha
vida
É melhor
estar alerta quando eles estão chamando por você
Não se
curve, não quebre, baby, não desista
É a minha
vida
É agora
ou nunca
Eu não
vou viver para sempre
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
(É a
minha vida)
Meu
coração é como uma rodovia aberta
Como
Frankie disse
Eu fiz do
meu jeito
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha
vida
É agora
ou nunca
Eu não
vou viver para sempre
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
(É a
minha vida)
Meu
coração é como uma rodovia aberta
Como
Frankie disse
Eu fiz do
meu jeito
Eu só
quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha
vida
Abraço a todos...
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omg
ResponderExcluir() sabes o que isto é, é o que tu devias desejar não isto .I.
Excluirfala serio
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