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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Capítulo 127: O último Natal – Parte II (DUG - A Viagem, 4ª Season, Parte IV)


Existem alguns momentos que não cabem na fração do tempo... Aquela pergunta ecoou dentro de mim. Eu fiquei confuso, temeroso, surpreso, porém muito feliz.

– Como assim? – O questionei calmamente com um sorriso, inclinando um pouco a cabeça para o olhar nos olhos dele.

– Isso mesmo que você ouviu: “deixa tudo e vem viver comigo”.

– Você esta me chamando pra morar com você, é isso? – perguntei já sabendo da resposta e ao mesmo tempo arrumando a gravata dele.

– Isso mesmo – disse ele isto e me beijando em seguida – E ai? Aceita?

– Mas onde viveríamos amor? – neste momento fiquei serio e o encarei, porque apesar de amá-lo precisávamos manter os pés no chão.

– Ainda não sei, mas se você aceitar buscaremos juntos um lugar. Eu só não quero passar mais nenhum dia longe de você amor. E o meu trabalho permite já eu ter minha própria casa, mas ai que está o problema, eu não quero ter a minha casa, eu quero ter a nossa casa. Não quero receber a sua visita, quero que entre e fique pra sempre.

– Ow meu bebe, não será uma casa que me manterá perto ou longe de você, mas meus sentimentos. Sabe que é uma grande decisão, não é? E porque tanta pressa até parece que só temos um dia de vida, que o mundo vai acabar, calma logo vamos nos casar e poderemos pensar nisso – e brincando eu ri.

Ele então se entristeceu levemente, baixou a cabeça e seu olhar foi longe. Ele era o meu primeiro amor, tínhamos uma história juntos, passamos um tempo separados, mas agora eu o tinha, e ele havia me feito um pedido simples, viver ao lado dele. Apesar de meus medos, será que seria justo recusar? Será que arriscar-se não valeria à pena? Afinal iríamos nos casar logo, mas pra que esperar? Eu então ergui seu rosto e o perguntei:

– Você está certo disto? Tem certeza de que é isto que você quer?

– Sim, tenho. Assim como a terra precisa da chuva, assim como eu preciso do ar para viver... Tudo que mais quero é você... ao meu lado. – dito isso seus lábios estremeceram e seus olhos se encheram d’água. Eu não percebi nada naquele momento tão significante, só saberia mais tarde, bem mais tarde.

– Ok, eu aceito Sr. meu quase marido. Rsrsrs. Eu aceito fugir com você e viver lado seu lado pra juntos construirmos nossa felicidade.

– Mas já somos felizes, só falta juntar nossos trapos. – e sorrindo largamente me abraçou forte e me beijou.


A noite estava cheia de luzes, e descíamos as escadas lado a lado... Ora e outra trocando olhares e sorrisos singelos. Estávamos felizes! Às vezes eu esbarrava a minha mão na dele, só para tocá-lo. Ao descer minha mãe nos esperava ao pé da escada. Ela estava me olhando, mas logo deu um olhar furtivo para ele e voltou a mim.  Ela então deu um sorriso sem graça e disse-nos:

– Vocês dois demoraram lá em cima, vamos a ceia já está na mesa. – virou-se e foi a sala de jantar. E nós a seguimos, olhando um para o outro, e furtando um sorriso sem graça.

A casa estava cheia de parentes, amigos e algumas pessoas que meu pai convidava só para manter suas relações e negócios.


Minha mãe estava numa cabeceira da mesa e meu pai noutra. Eu sentei-me a direita de minha mãe e Cadu a esquerda dela. Em meio a comilança a gente ia se fitando, se namorando na mesa. Riamos com as piadas do senhor Leopoldo. Eis que então meu pai se levanta e começa a contar: “10, 9, 8”... meu olhar fixou-se nos de Cadu... “7, 6”... nossos lábios eram umedecidos por nossas línguas que desejavam se encontrar... “5, 4” ... mesmo em meio a muito barulho e todos gritando a chegada do amor supremo, algo colocava os sons em segundo plano... e eu quase podia ouvir o meu e o coração dele bater, apressado e urgente, num mesmo compasso, querendo um ao outro, se tornando quase um... “3”... eu o olhei e sorri... “2”... ele chamegou com os olhos e sorriu pra mim... “1” ... eu disse baixinho: “eu te amo”, e ele respondeu “eu também”.... E tudo explodiu em festa com todos gritando: “FELIZ NATAL!!!!”

Celebramos o amor, festejamos com afinco o menino Jesus que se fazia presente em cada um de nós. Nos abraçamos e demos as honras a quem de direito merecia: a Deus!

E depois de tudo éramos apenas eu e Cadu ali, naquele momento. Mesmo em meio a multidão e aos fogos e vinhos.

Após todos irem embora da festa, subimos para o quarto, era tarde, ele iria dormir na minha casa, comigo. Sim, minha mãe permitiu, em sigilo, afinal meu pai estava caindo de bêbado, e minha mãe o levava xingando para o quarto deles, ela detestava vê-lo assim.

Entramos pelo meu quarto, que estava sendo iluminado apenas pela luz da lua, que adentrava pela porta da sacada. Ele deu alguns passou olhando para a luz e lentamente olhou para traz, pois não ouviu mais meus passos. Lá estava eu encostado na porta do quarto já trancada o olhando... ele então sorriu e voltou em minha direção, e sem pensar, rapidamente, como se buscássemos desesperadamente o corpo um do outro, nos despimos. Enquanto eu tirava a roupa dele, ele tirava as minhas... E sobre a luz da lua fizemos amor varias e varias vezes até adormecermos entrelaçados um ao outro.









O Natal é uma data especial, onde o aniversariante é Jesus. Mas muitos esquecem disso, inclusive heteros, e celebram a ceia e os presentes... podem até esquecer-se de ir e prestar culto a Deus, mas não esquecem da ceia ou dos presentes. E todos os anos nós relembramos que foi neste ato de se tornar parte humano, é que o amor se fez encarnou e se fez carne, habitando entre nós. Revivemos a importância do perdão e da doação. Aprendemos que não importa a forma de amor, Deus nos ama incondicionalmente, e por este amor deu seu único filho para morrer por todos nós e nos salvar, e não foi só para alguns... E apesar de sermos dois homens, nós nos amamos e celebramos o amor tal como qualquer outra forma de amar... celebrando a vida que havia em nós. Sem consumo, e sem presentes, mas com o coração, em espírito e em verdade. Eu no fim da noite, não pecamos, simplesmente consumamos um sentimento que era puro e verdadeiro, e que estava dentro de nós...  Fiz-me dele e ele se fez meu, comungamos um ao outro e junto acreditando no amor de Deus, que habita no meio de nós, celebramos a vida, o amor, o Natal!

Continua no próximo Capítulo...

Som Tema deste Post


"Meu amor, há somente você na minha vida,  a única coisa que é certa
Meu primeiro amor, você é "tudo que respiro", você é cada passo que dou
E eu... Eu quero dividir todo o meu amor com você. Ninguém mais o fará
E seus olhos, seus olhos, eles me dizem o quanto você se importa
Oh sim, você sempre será meu amor sem fim
Dois corações... Dois corações que batem como um só.
Nossas vidas apenas começaram
Para sempre... Oh... Eu te segurarei apertado em meus braços
Eu não consigo resistir aos seus encantos
E amor, Oh, amor
Eu serei uma boba... Por você, tenho certeza
Oh, Você sabe que não ligo
Porque você significa o mundo para mim, oh
Eu sei, Eu encontrei em você... Meu amor sem fim
E Sim, Você será o único... 
Pois ninguém pode negar este amor que tenho aqui dentro
E eu o darei todo para você... Meu amor sem fim!!!"

(Endless Love - Daiana  & Lionel Richie)


Se Você perdeu os outros Capítulos, veja-os agora.... e fique por dentro de "A VIAGEM":

4ª Temporada:
Capítulo 1 - "Onde tudo começa, se chama amor" (VEJA AQUI).
Capítulo 2 - "Ciúmes (Se eu não tiver você)" (VEJA AQUI).
Capítulo 3 - "O Último Natal - Parte I" (VEJA AQUI).


1ª, 2ª e 3ª Temporada:
Todos os Capítulos da temporada 1 e 2: CLIQUE AQUI.

Todos os Capítulos da temporada 3: CLIQUE AQUI.
Especial de Reveillon (transição para terceira): CLIQUE AQUI.




Abraço a todos...





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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Capítulo 126: O último Natal – Parte I (DUG - A Viagem, 4ª season, Parte III)


Naquele dia me arrumei apressado, faltava pouco tempo, logo a casa estaria cheia de convidados. Em tons vermelho, marrom e verde decoramos os ambientes. Tudo era luz, tudo eram enfeite e detalhes simbólicos de união e amor familiar.

Na cozinha as mulheres se apressavam para terminar todas as receitas e guloseimas. Os homens que chegavam aos poucos já se sentavam para conversar e beber. Desta vez minha mãe quis fazer algo mais intimo, o que não queria dizer que teria pouca gente.

O tempo passava, as horas se apertavam para a explosão dos fogos. Mas eu ainda estava no banho, atrasado, mergulhado de cabeça embaixo do chuveiro. 

Queria me lavar de tudo que restava de ruim para comemorar um tempo novo, que remete o natal. Mergulhando nas águas e saindo novo. Iluminado apenas pela luz da estreita janela do banheiro, permito que as águas percorram lentamente o meu corpo quente entre luz e sombra.

Após o longo banho, ainda estou em frente ao espelho vestindo um smoking para festejar a festa do Natal.


Meu amor lentamente adentra o quarto e se aproxima colocando suas mãos em meus ombros. Ele está todo arrumado e lindão, com todo seu charme... Eu o olho nos olhos pelo espelho. Esboço-lhe um sorriso e ele me retribui com um mais largo. Ele está barbudo, lindamente másculo. Seu sorriso ilumina minha noite que está com uma serenata melancólica. Eu sentia que aquele seria o ultimo natal em família, mas não sabia o porquê. Sentia uma solidão gelar o estomago.

Ele sentiu que eu estava preocupado e sorrindo me encarou pelo espelho, então me abraçou por traz e me disse:

– Apesar destes olhos tristes e longe do dia, você está lindo meu amor. Você é lindo. E logo será meu marido. E se quer saber isso é o suficiente para deixar tudo mais feliz, para me fazer feliz, estou certo? – E dizendo isso me beijou o pescoço.

Então me virei para ele, ainda dentro de seus braços, segurei seu rosto e o beijei profundamente. Não foi um beijo de língua, porque nem sempre ela é bem vinda. Foi um beijo doce e forte ao mesmo tempo, nem seco e nem molhado, os lábios se uniram e por um bom tempo não se soltaram. Os nossos olhos se mantinham fechados até o termino desta junção poderosa, movida pelo amor. E lentamente nossos olhos se abriram, se encararam. E eu o respondi:

– Você me basta para ser feliz! Só estou um pouco indisposto. Estou pronto, vamos?

Então bricalhão como sempre, ele me pegou no colo como se simulasse que já estivéssemos casados me levou até a porta do quarto. Eu ria e pedia para ele me por no chão, mas ele me mordia de leve e me fazia cócegas. Ao me por no chão escorrendo meu corpo pelo seu, ele me fez um pedido:


– Deixa tudo, e vem viver comigo?


Continua no próximo Capítulo...

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Capítulo 1 - "Onde tudo começa, se chama amor" (VEJA AQUI).
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