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domingo, 13 de janeiro de 2013

Capitulo 87: A Viagem – 3ª TEMPORADA - Parte 1 e 2 (Quando você Partiu)




Você deve estar se perguntando o que aconteceu comigo antes da festa de Reveilon, o que aconteceu depois do acidente. Pois é, muita coisa aconteceu desde então.

Eu precisei fazer uma ruptura no tempo e na história para explicar o que aconteceu, antes de lhes contar como a festa de Virada de Ano, que meus pais organizaram, terminou... Pois grande parte dos acontecimentos originou dos dias que se passaram após o ocorrido.

Ainda me lembro do zumbido no ouvido, das pessoas correndo, do corpo dela estendido no chão. Eu estava tão atordoado, meus sentidos me faltavam. Acho que jamais me esquecerei daquele dia.

Eu pensei que a havia perdido para sempre!

Clarisse não morreu. Graças a Deus! Eu achei que a havia perdido, mas ela agora está bem. Está se recuperando do grave acidente do estado de coma que ficou após este ocorrido. Eu, os meninos e Charles a visitávamos todos os dias... E graças as nossas orações ela despertou e esta melhor. Muitos de nós não damos muito valor à oração, mas eu acredito que tudo pode ser mudado quando acreditamos!

Não aconteceu nada com os meninos do carro (punição de lei), pois Clarisse atravessou sem olhar e não deu tempo deles frearem sem a machucar. E é justamente neste ponto que nossa terceira temporada começa; que uma nova fase da minha jornada neste mundo se inicia.

Nem eu e nem eles nos reconhecemos. Depois de tanto tempo, e em meio a tanta dor nos reencontramos. Eu que sempre sonhei em achá-los, eu que sempre me perguntei por onde andavam. Num levantar de cabeça, e em muitas lágrimas eu o vi olhando assustado para mim e segurando minha mão. Cadu me olhava tão espantado quanto eu, em meio a dor o olhava também. Ele não estava sozinho, estavam todos ali: Adam, Paulo, Cristian, Samu II, David e Sebastian. Eu fiquei sem chão. Então tudo escureceu e eu desmaiei.

Eu acordei no hospital (eu estava em profundo choque). E ele quando me viu despertar, logo pulou da cadeira e veio a minha direção. Ele estava sentado ao meu lado o tempo todo. Ele me perguntou se eu estava bem, mas eu só queria saber da minha amiga. Eram muitos sentimentos misturados: medo, tristeza, raiva, culpa e amor. Ele segurou minha mão me contou o estado dela (na época era coma). E eu me pus a chorar e ele me abraçou. Até parecia que eu assistia toda a sena de longe, sem som, só as imagens rolando através do vidro da janela do quarto cujas persianas semi-baixadas encostavam. Então Cadu chamou nossos outros amigos que entraram, sem jeito, se sentindo um pouco culpados pela situação toda, e me abraçaram dizendo o quanto estavam felizes por me ver e triste pela minha amiga. Ficamos horas e horas conversando.

Cadu pegou o carro e levou a todos pra casa, eu fui o ultimo a ser deixado. Não reclamei apesar de estar desgastado por demais, pois percebi que ele procurava um momento a sós comigo. E percebendo isso pedi para que ele parasse perto do Pier para eu tomar um ar.

Lembro-me que ventava bastante, nossos cabelos insistiam em cobriam nossos rostos. Eu me debrucei na base de madeira sobre o Pier 87 e olhei o mar. Ele encostou-se de costas para o mar na mesma base, ao meu lado direito. E começamos a conversar:

- Porque naquele dia você não nos esperou? Porque partiu? – Disse ele.

- Me desculpe, não foi minha intenção. Não espero que me entendas, porque nada justificaria minha atitude. Mas você jamais poderá entender como é ser o filho do meu pai. Ele jamais me deixaria esperar por vocês aquele dia, ele estava bravo (com os negócios dele) e com pressa, me fez entrar no carro e ir embora. E depois, descobri que estávamos de mudança para o litoral. Foi tudo tão de repente para mim. Alias mudei de cidade mais vezes que consigo contar, por causa dos negócios de meu pai.

- Mas porque você não nos procurou depois? Sei lá...

- Não houve tempo de me despedir, isso é fato. Mas também... Não haveria como. Aproveitamos muito a viagem, mas esquecemos do principal: de trocar contato. Olha “Du”... me perdoa ok? Eu jamais me esqueci de vocês, principalmente de você.

Neste momento já estávamos frente a frente.

- Eu também jamais me esqueci de você. – disse-me ele dando uma entortadinha de leve na cabeça e me olhando nos olhos - Alias nós não esquecemos. Chegamos a ficar com raiva, triste, chateados, enfim... Mas depois que descobrimos que você partiu com seus pais, acabamos nos conformando com a ideia, e tentando entender sua posição. Mas, me desculpe se a duvida e o porquê nunca saiu da cabeça. Eu acho que precisávamos estar aqui falando disse para curar as feridas do passado. Afinal conversar é sempre bom, “a verdade nos liberta”, não é?

- É verdade Du, precisávamos deste momento. Porque acabamos causando dor um ao outro no passado. E acho que ambos temos parcela nisso: eu por ter sumido e nem tido atitude adulta de saber fazer escolhas, e você por descobrir onde eu estava e não ter vindo até a mim. Só Deus sabe as noites que passei chorando, sentindo a falta de vocês sem saber onde estavam. Sentindo sua falta cara. Vendo o rostos eu e dos outros nas pessoas , na multidão.

- Eu sei, mas agora estou aqui – disse-me ele chegando mais perto de mim, com o vento nos rodeando fortemente.

- Eu sei, e estou muito feliz por revê-lo Du; você e os outros.

- Você cresceu, parece mais maduro, está diferente... de fato não é mais o mesmo garotinho tímido que conheci. Olha Junior (eles em chamam assim), eu quero esquecer os erros do passado e voltar a ser como era antes: eu, você e os rapazes.

- Não é tão simples como queremos Cadu. É como dois namorados que cismam de dar um tempo e se separam por meses e depois querem voltar. O amor pode até existir, mas nada será como antes as pessoas mudam com a dor. Algumas para melhor e outras para pior. Eles podem vir a se juntar novamente, mas a forma com que eles viverão essa nova fase será diferente. E eles não terão o direito de exigir um do outro que sejam como antes, porque nada é como antes, o passado deve ficar para traz, é a vida! E se você não gostar do meu novo “EU”? E se não conseguirmos mais ser tão confidentes como antes? Confesso que....
 
Ele me interrompeu, fazendo um gesto de pedido de silêncio. E Acrescentou:

- Eu prefiro correr o risco de tentar recomeçar com você, do que passara vida inteira imaginando como seria isso. Dê-me uma chance de te provar que podemos recuperar tudo de novo; mesmo que de forma nova, mas que ainda temos uma chance. Eu e os rapazes viemos aqui para litoral, voltamos, só pra te encontrar e dizer que queremos estar perto de você e que sentimos sua falta.

- Sabe Du, um dia alguém saberá de toda essa nossa historia maluca e se perguntará se entendeu tudo o que estamos discutindo neste lugar, neste momento.  Alguns compreenderão, e outros simplesmente descartarão. Mas o que eu quero que você saiba, é que apesar de eu não ser mais o mesmo cara de antes, eu ainda amo vocês todos, principalmente você. E que todas as noites antes de dormir eu penso em vocês. “Depois de vocês, os outros são os outros e só” (é como diz a musica do KID Abelha).


 Então ele me abraçou bem forte. Estava esfriando mais e mais, e eu sentia o perfume dele empreguinado naquele suéter macio e cinza. Eu não queria larga-lo jamais.

Então ele ainda abraçado comigo me olhou sorrindo e disse:

- Então podemos começar um futuro novo juntos? Amigos?

Sorrimos e eu concordei; ele me levou pra casa e com certeza ele comentou com os meninos sobre este novo passo, este recomeço.

É claro que assim como vocês, eu também gostaria que este final fosse diferente, já havia pensado nisso no momento que ele me largou, passou por mim indo até o carro e eu o olhei por traz. Mas os finais reais nunca são como em contos românticos e histórias de amores ou fadas. Mas se eu pudesse reescrever esta historia, certamente a terminaria assim:

- Então podemos começar um futuro novo juntos? Mas tem algo que eu preciso te dizer, dentro daquele nosso pacto de sinceridade e transparência fechado lá trás, posso? Não vai me levar a mal ou ficar zangado com a verdade? Nem vai deixar de falar comigo?

- Não, fique a vontade. Pode falar... o que foi? Eu prometo procurar te entender, e não deixarei de gostar de você...

- A Verdade Samuel, é que eu também jamais me esqueci de você. Tentei te esquecer em outros braços, em outras amizades enfim, mas não consegui. Tudo que agora eu sei, é que eu também mudei. E a única certeza que tenho é que te amo. Mas não como amigo (neste momento ele ficaria envergonhado e abaixaria a cabeça).

- Nem eu consigo pensar em você só como amigo Du. – Digo eu a ele, levantando o rosto dele e dando-lhe um sorriso para quebra aquele clima de medo de revelação.

- Serio? – ele sorri como que em um alívio imediato. Pensei que você...
 
E era minha vez de fazê-lo um sinal de silêncio. E ele então me abraçaria novamente, me olharia nos olhos e terminaríamos esta história com um grande, novelesco e delicioso BEIJO.


(Continua...)


Som tema deste Post:
  
Slipped Away
(Avril Lavigne)

Na na
Na na na na na

Eu sinto a sua falta
Sinto muito a sua falta
Eu não te esqueço
Oh, é tão triste
Eu espero que você possa me ouvir
Eu lembro claramente

O dia que você partiu
Foi o dia que eu descobri que não seria a mesma coisa

Na na
Na na na na na

Eu não encontrei a ocasião
para dar um beijo de despedida na sua mão
Eu gostaria de poder vê-lo novamente
Eu sei que não posso
Eu espero que você possa me ouvir
Porque eu lembro claramente

O dia que você partiu
Foi o dia que eu descobri que não seria a mesma coisa

Eu acordei
Você não vai acordar?
Eu fico perguntando por quê
E eu não posso aguentar isso
Não era fingimento
Aconteceu e você se foi

Agora você se foi
Agora você se foi
Lá vai você
Lá vai você
Para algum lugar e eu não posso trazê-lo de volta

Agora você se foi
Agora você se foi
Lá vai você
Lá vai você
Para algum lugar eu não posso trazê-lo de volta

O dia que você partiu
Foi o dia que eu descobri que não seria a mesma coisa

O dia que você partiu
Foi o dia que eu descobri que não seria a mesma coisa

Na na
Na na na na na
Eu sinto a sua falta



Abraço a todos...






BY ME S2 (S-FCSP)

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