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sábado, 19 de março de 2011

Capítulo 28: A Viagem – Parte IX (O Amor)


Como explicar o fim desta aventura? Sim tudo que começa chega ao fim.
As férias estavam no fim.
O senhor Claus nos reuniu no salão e fez uma palestra de despedida. Eu não prestei atenção direito, pois havia momentos que eu fugia da realidade. E pensava no amanhã. Já aconteceu isso com vocês?
Quanta coisa havia acontecido naquele acampamento, naquele quarto, em nossas vidas... Eu não era mais o mesmo.
Lembro-me de deitar as margens do rio com os meninos e lançar pedras ao longe.
Cada rosto, cada sorriso. Eles já eram parte de mim.
Porque tudo tem que acabar?
Senti medo de ficar só novamente.
E foi assim que regressamos a estrada. O mesmo ônibus barulhento.
Só que com um problema: os meninos não estavam no ônibus comigo.
Tentei esperá-los, mas o professor me fez entrar no primeiro ônibus.
Eu queria gritar, mas isso ainda estava em construção em mim: Tomar ações mais fortes! Eu acabei me conformando.
O ônibus se pôs a sair, e os meninos apareceram, sei lá onde estavam antes... Mas eu os vi. E quis gritar seus nomes...
Abri a janela e logo Cadu me gritou:
– Nos espere na frente da escola, nosso ônibus vai bem atrás do seu. Você espera-nos chegar? – disse ele correndo próxima a minha janela.
– Sim, estarei lá! – respondi antes de o carro fazer a curva e eu não os ver mais...
Gostaria que todo fim tivesse um final feliz.

Ao longo do caminho de volta a casa me lembrei de uma frase de Antoine de Saint-Exupéry, mencionada na palestra de encerramento do acampamento e que ficou gravada em mim... frase esta que diz assim:

“Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos. (...) O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que as suas perguntas não têm significado (...). A grandeza da oração reside principalmente no fato de não ter resposta, do que resulta que essa troca não inclui qualquer espécie de comércio. (...) Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção. (...) Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca. (...) O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem. (...) Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas... (...) Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos... (...) É o espírito que conduz o mundo e não a inteligência”.

E foi assim que pensando neles que cheguei ao meu destino, onde todos nós desembarcamos do ônibus e nos posicionamos em frente aquela gigantesca escola. A nossa escola amarelinha e verde.
E pouco a pouco, um a um foi indo embora. Eu estava ficando sozinho naquela rua fria. Sempre olhando na direção de onde surgiriam os ônibus.
Chegou o segundo e nada deles. E todos se foram também.
E foi assim que meu triste fim chegou.
Quando eu avistei o terceiro ônibus, certo de que naquele estavam eles. Meu pai chegou.
Esqueci de contar como meu pai consegue exercer a força seu poder.
Ele me fez entrar no carro e partir.
Assim que saiamos de carro, eu olhei pela janela, esperando vê-los desembarcar, mas eles não desceram do ônibus. Imaginei mil coisas e me entristeci. Abaixei minha cabeça.
Foi assim que eles me viram partir. Eu não os vi, mas els me viram. Eu acabei sabendo disto. Cadu disse:
– Ele partiu sem se despedir. E eu nem sei onde encontrá-lo.


Continua...


Música que faço valer como trilha sonora para este capítulo:
(a tradução segue abaixo)


I Want You To Know (Eu quero que você saiba)
Music from: Lifehouse

Onde vai parar o ciclo
Quando vai terminar a história
Aí é que eu saio
Eu posso ir lá mais
É difícil ignorar os sinais
De onde todas essas lágrimas vem
Isso parece nunca secar
O que se quer tornar
Estamos em um momento estranho
Onde o sangue é o nosso único empate

E eu espero que você saiba
Que eu amo você demais
E quebra meu coração ver você partir

Eu quero fazer você orgulhosa
Eu quero ver você sorrir
Mas não era suficientemente bom, yeah

E eu espero que você saiba
Que eu amo você demais
E quebra meu coração ver você partir

E eu espero que você saiba
Que eu amo você demais
E quebra meu coração ver você partir

Onde vai parar o ciclo
Quando vai terminar a história
Aí é que eu saio




Abraço a todos...



BY ME S2 (S-FCSP)

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4 comentários:

  1. Simplesmente FANTASTICO E EMOCIONANTE.... :)

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    Respostas
    1. obrigado, tem novo capitulo http://diariodeumgay2010.blogspot.com.br/

      Excluir
  2. nossa cara me emocionei confesso que essa historia faz parte de uma realidade de um todo ameiiii
    netbnz@hotmail.com
    adorooo ler historias bjokas

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