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domingo, 31 de março de 2013

Capítulo 94: Páscoa III – Quid est Veritas?



“Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz. Perguntou Pilatos: Que é a verdade? (Quid est Veritas)” – João 18:37,38.

"Quid est Veritas?" esta foi a grande pergunta de Pilatos e que por séculos e gerações tem inquietado muitas pessoas. Muitos acreditam que nada ele queria com tal pergunta, apenas um deboche; outros crêem fielmente ser um sinal para se firmar Deus como suprema verdade. Para mim, nenhum nem outro... e será sobre este tema que iremos refletir nesta Páscoa de 2013: A verdade!


É uma reflexão igual as que tenho feito na Páscoa I e Páscoa II (clique nos links para relembrar), e não pregação, pois isto é um diário e não um blog de pregação ou homilias. Aqui, tiramos as vendas de uma fé mesquinha, e olhamos para as maravilhas que Deus é capa z de fazer na vida das pessoas, até na vida dos homoafetivos, que pra Ele são filhos como qualquer outra pessoa.

Eu já havia refletido sobre isso a luz de uma adoração, e percebi que a pergunta de Pilatos trata-se de uma exclamação que nos firma como seres distintos um dos outros, porém amados por Deus.  E que cada um e detentor de uma verdade, e que todas essas verdade chegam até uma única verdade no final, mas para que isso aconteça é necessário você viver a sua verdade, e tomar decisões sobre ela.

É certo que nunca compreenderemos tudo; a própria bíblica através de Paulo falando sobre o homem dos últimos tempos escreve: “aprendendo sempre, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade.” E ainda – II Timóteo 3:7; “Por mais que avancemos no conhecimento de Deus sempre haverá mais e mais, eternamente”. Ou seja, até a palavra nos adverte que simplesmente nos contentar um uma resposta absoluta de que Deus é a verdade e ponto final, é insuficiente. Porque a verdade é um processo, igual ao da libertação: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Tem que ser vivido (o conceito de “liberdade” trabalhamos na Páscoa II).

Deus e a verdade absoluta, ou seja, a verdade sobre todas as outras, o ponto final, a ausência da mentira, das enganações e do incerto... a Ele todas as demais verdades desembocam, assim como os diversos rios desembocam no mar... Ele é a verdade que liberta, Jesus veio dar testemunho deste Deus que é verdadeiro... E quando Ele diz que veio, ou seja, que sua missão era viver e falar desta verdade, Ele se coloca individualmente distinto dos demais... Ele expõe a Pilatos a sua verdade. Não de modo que Pilatos a aceite, mas de modo que Pilatos tome conhecimento, pois a verdade dele é o que o constitui. Mas Pilatos também tinha ordens a cumprir ou infringir... E ambas acarretavam o peso de uma escolha, de um caminho, de uma verdade, de uma conseqüência. Cada um de nós tem sua própria verdade, nosso próprio caminho (que pode ou não ser bom), porém ao fim de nossa jornada, todos desembocarão, chegarão à presença da verdade maior: Deus onisciente, que não pesa atos, sexualidade e nem palavras, mas corações. E não basta só aceitar que Deus é este ponto final, é preciso entender, para que você aceite sua verdade como caminho e não como fim. Essa é a amplitude que falta em muitos que somente vêem  lado “Deus” da história e esquece o lado “Humano”.

Mel Gibson percebeu certamente isso, tanto que no seu filme, “A Paixão de Cristo”, ele faz Pilatos dialogar com sua esposa Claudia o seguinte:

“– O que é a verdade, Claudia? Tu a ouves, reconheces quando alguém a diz?
– Sim, eu ouço – responde ela – Tu não?
– Como? Podes me dizer?
– Se não queres ouvir a verdade, ninguém pode te dizer.
– Verdade... Quer saber qual é a minha verdade, Claudia? Tenho levado 11 anos sufocando revoltas nesta província asquerosa. Se eu não condenar este homem, sei que Caifás vai começar uma revolta. E se eu não o condenar, os discípulos dele é que vão começar. Seja como for, vai jorras sangue. César me alertou, Claudia. Duas vezes. Ele jurou que da próxima vez o sangue seria o meu. Essa é a minha verdade”.

Percebe? Um ex-drogado que hoje serve a Deus na igreja, por exemplo, qual é a verdade dele? A verdade dele não é Jesus unicamente, mas sim todo o processo, todo o caminho, todas as renuncias e até escolhas que ele fez até chegar à verdade final.

Por tanto não importa o caminho que tens tomado, não importa quais renuncias e escolhas você tem feito... O mais importante é aceitar-se como um ser portador de uma verdade. Verdade esta que sempre lhe possibilitará outras verdades ou outras enganações (caminhos errados, erros tomados, verdades contrarias), mas só você pode decidir... Porém sua verdade só é verdade quando ela te leva a Verdade final, e advirto, se sua verdade te levar para outros caminhos... saiba... Até essas verdades contrarias um dia chegarão a Deus. Não tem como escapar. Você só terá de decidir por viver bem ou viver mal a sua verdade.

Sou homoafetivo como você, esta é minha verdade... Não mato, não roubo, não prejudico ninguém... pelo contrario, amo meus pais, faço o bem as pessoas... Amo a Deus sobre todas a coisas e presto a Ele o meu louvor... não sou católico e nem evangélico... sou com muito orgulho Cristão! Faço caridade porque gosto de ver as pessoas felizes; e oro por que acredito na força da minha oração... e não tenho ficado 1 só dia sem resposta... vivo da providencia porque creio que Deus cuida de mim... amo outro homem, porque é este sentimento que hoje tenho dentro de mim. Trabalho, estudo e me divirto com amigos (não escandalizo, apenas me divirto como qualquer outra pessoa sã e normal pode se divertir)... Por fim me deparo cotidianamente com Pilatos que questionam a minha verdade. Talvez por não acreditarem na minha ou por só enxergaram a suas próprias verdades! 

Por vive-la sou cotidianamente, maltratado e humilhado, pois o preconceito é a minha cruz. Por ela sou condenado a morte por aqueles que não a entendem, ou não querem entender. Mas ao fim da minha “Paixão dolorosa”, eu creio que diante da Verdade final (Deus) eu receberei a minha salvação, eu encontrarei amor e abrigo. Porque Deus me ama como sou e conhece o meu coração... E conhece o seu também, que vive uma verdade como a minha. Basta ser bom! Basta amar e amar bastante... até transbordar a taça da sua vida. Basta viver a ressurreição, a Páscoa... pois a medida que morremos para a hipocrisia e renascemos para o amor.... Esta será a medida de nossa verdade. E a verdade é o verbo, e o verbo é Amor. E se o amor te leva à cruz diária, confia e aguenta firme, pois foi nesta mesma cruz que um amor maior se imolou por mim, por você e por todos. Um amor que se doa e te diz todos os dias: És precioso para mim!



Quem compreende, se liberta das amarras das mentiras e do julgo... Quem ignora se prende nas suas verdade cegas e contrárias. Mas se a verdade nos liberta, o amor nos faz novos!

E se meu erro é amar de forma diferente, saiba... Antes amar com verdade do que viver uma vida inteira se enganando sobre a verdade e as multifaces do amor!


A todos uma Feliz e verdadeira Páscoa, que a verdade de um amor incondicional encha o teu coração de esperança, e de alegria. Pois foi para seres livres que Ele se entregou na cruz. Foi para que você pegue essa sua verdade e o com ela chegue até Ele, que ele se doou. Faça sua parte... Saia do sepulcro... Ressuscita-te!

Um presente: O filme completo "Paixão de Cristo"



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Abraço a todos...





BY ME S2 (Autor Samu-F-C-S-P)

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