As coisas do amor
são estranhas, quem vai entender? Hora estamos bem, ora não; e ora brigamos,
mas depois ficamos bem de novo tudo porque amamos. Vamos do ridículo ao fofo. O
engraçado e que não queremos viver longe dessa montanha russa de altos e
baixos. E aprendemos muito com isso tudo.
Hoje pela manhã
enquanto eu caminhava pelas ruas com meu noivo, um cara me “comeu” com os olhos
de cima a baixo. Eu disfarcei e fiz que não o vi, lógico... Mas de repente me
deu uma bobeira e eu comecei a rir. Ele
havia percebido o que o cara fez, e logo tratou de encarar o malandro com a
pior das caras que só ele sabia fazer. O “fulano” passou do lado dele, mas ele
me afastou pra quase fora da calçado, como se o cara fosse pegar. E eu ri ao
achar fofo quanto aos ciúmes dele. Lógico que ele não gostou nem um pouco dessa
minha atitude. Olhou-me bravo e disse:
– Você está
rindo? Porque está rindo? Gostou? Não só
pode ter gostado né, porque esta aí rindo.
E quanto mais ele
falava, mais eu ria, porque era uma mistura de nervoso com achar engraçada a
situação.
– Amor o que eu fiz?
To rindo d e bobeira, não fiz nada, nem olhei pra ele. – e continuei rindo
escondidinho.
– O que você fez?
Você quase se jogou pra ele com esse seu sorriso.
E continuou brigando
comigo baixinho na rua pra não chamar atenção. Ele é muito discreto, disso não
posso reclamar. Às vezes falava um pouco alto, mas era só chamar atenção dele
que ele maneirava no tom. Ele estava muito bravo, eu me disse:
– Quer saber vou pra
casa, fica você ai, acabou o passeio pra mim.
Eu parando de ri
disse:
– Amor para vai,
volta aqui, vamos conversar vai. Volta pra perto de mim.
– Não tem conversa,
em casa a gente se entende.
E fomos assim, ele
bravo na frente caminhando feito soldado a marchar, batendo os pés, com a cara
brava e seus cabelos ao vento da tarde;
e eu um pouco mais atrás, o contemplando. Tentando achar uma forma de mostrar pra
ele que eu o amava, de pedir desculpas.
Não preciso dizer
que ele ficou o dia todo emburrado comigo, não é mesmo? Sentou na frente da TV
e não saiu mais, olhos fixos, pensamento longe. O que será que ele pensava?
Será que ele batia no malandro? Será que batia em mim? Não, acho que este não. Será
que ele se sentia pequeno? Não sei o que ele pensava ou sentia, só sei que ele
mal piscava. Eu passei algumas vezes na frente da TV pra ver se o olhar dele se
voltava pra mim, para tentar um dialogo, mas ele calado e com os olhos fixo,
todo estirado no sofá, não disse absolutamente nada. Sua cara estava péssima,
mas seu olhar triste.
Estávamos sós em
casa, meus pais estavam viajando. Eu cheguei por traz do sofá e disse:
– Estou indo dormir,
você vem?
– Já já eu vou, pode
ir.
– Ok, não demora esta
tarde, e amanhã você tem exames de rotina.
– Ok, eu sei.
Então eu o chamei:
– Cadu.
Ainda sem me olhar,
com os olhos fixos na TV me respondeu
bravinho:
– O que?
– Me desculpe, eu
amo você. Boa noite.
E sem olhar para
traz, ainda assistindo a TV, ele não me retornou a saudação. Então me virei
subi as escadas, por onde a luz da lua, que adentrava pelas janelas do alto,
iluminava de azul e sombras escuras meu caminho.
Eu estava me
sentindo péssimo também, culpado por rir.
Deitei-me e fiquei
esperando por ele.
Ele não se demorou. Desligou
a TV e logo subiu atrás de mim.
Eu estava de costas
para a parte dele na cama, quando ele entrou no quarto e tirou a roupa pra dormi.
Mesmo brigados, dormíamos nus. Acho que isso já era um habito nosso. Eu dei uma
espiadela ao virar para traz e admirei aquela bunda linda dele. Todo nu, de
costas pra mim. Como eu amava aquela bunda de pelos curtos, delicados, e de
textura leve e quentinha.
Ele se deitou ao meu
lado, calado, e fixou o olhar no teto.
Eu me virei e encarei
o de frente. Ele fechou o olho. E eu continuei ali o olhando, neste momento ergui
meu corpo de forma que meu rosto ficasse sobre o dele.
E o perguntei:
– E ai?
Ele deu um sorriso
como não se segurasse, e sem abrir os olhos me perguntou:
– E ai o que?
– Vai continuar
assim comigo? Já te pedi desculpas.
Então ele apenas
abriu os olhos e fitou os meus. Vi seus olhos lacrimejar. E eu o disse assim:
– Poxa amor, fica
assim não. Eu te amo muito, não cabe outro na minha vida além de você. Aquele
cara, poxa, é um coitado sem respeito algum por nada e ninguém. Mais um destes
que leva a vida com uma camisinha no bolso, porque tudo que ele fizer se resumira
em cama e sexo. Superficial, não carrega nada em si, a não ser vários prazeres momentâneos,
mas isso aqui, que eu e você estamos tendo agora. Isso ele não tem. E isso ele
não pode tirar de nós. Deixa-o achar que isso é tudo, a melhor parte temos nós.
E sabe qual é a minha melhor parte?
Ele ainda com o
olhar fixo em mim, com as sobrancelhas me perguntou “qual?” E eu o respondi:
– Você é a minha
melhor parte. E eu quero ser a sua. Porque eu sem você não vivo. Podem me
oferecer tudo, mas tudo não significa nada se eu não tiver você. Acredita
nisso?
Então ele me abraçou
bem forte, chorou, e dizendo que me amava me beijou com tanto amor, que olhar
algum, de homem algum na rua, pagaria.
E terminamos a nossa
noite num “amorzinho gostoso”, como ele sempre chamava nosso “fazer amor”.
Continua no próximo Capítulo...
Som Tema deste Post
If I Ain't Got You - Alícia Keys
(tradução no próprio Clip)
(tradução no próprio Clip)
Abraço a todos...
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Amo essa história, conheci o blog recentemente e me apaixonei. Mas deveria ter mais posts sobre essa história :(
ResponderExcluirterá, só q estou me revezando entre o livro, aqui e meu trabalho, peço desculpas,mas o cap 3 ta chegando
ExcluirVenham conhecer minha história http://contosdeleu.blogspot.com.br
ResponderExcluirGrande estória! os relacionamentos são feitos disto, dos momentos de acordo, dos momentos de desacordos, é um profundo exercicio de maturidade exercitar isto! parabens a vc e aos seu namorado!
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ResponderExcluirLinda história aliás todas lindas extraordinariamente emocionantes espero poder ler mas logo logo
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